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Postado em: 14/10/2005 - 15h57 | Redação

No governo do PSDB uma forma sutil de privatizar os serviços públicos

O Projeto de lei
O prefeito José Serra enviou à Câmara Municipal Projeto de Lei nº 318/2005 que transfere a gerência e a gestão dos serviços e de pessoal dos setores da saúde, educação, esporte, cultura e meio ambiente às chamadas OS (Organizações Sociais).

Mesmo sem ter sido aprovado, o prefeito já conferiu a alguns de seus amigos, que dirigem essas OS, o direito de reformar hospitais e de até administra-los.

Todos se lembram do desastre que foi a implantação do PAS, com desvios de recursos públicos, remoção de servidores de seus locais de origem e etc. Isso tudo pode voltar com as OS.

Sedução
O discurso e a propaganda do prefeito podem ser sedutores no início, como foram na época do PAS, mas a médio e longo prazo os problemas se repetirão e os maiores prejudicados novamente serão a população e os funcionários públicos.

O objetivo do prefeito não é resolver os problemas da saúde pública em São Paulo, mas aumentar a rotatividade de pessoal e transferir para a iniciativa privada, recursos públicos que deveriam ser gastos em beneficio de toda a população.

Os amigos do Serra
A prefeitura é quem escolherá as OS que irão administrar órgãos públicos sem realizar licitações, podendo, portanto, favorecer seus amigos e correligionários.

Ainda, outro fator importante, muitos pensam que o atendimento vai melhorar com a implantação da OS. Basta olhar para os hospitais estaduais que já são administrados por essas entidades. Ali, as OS só atendem um certo número de pessoas, ou seja, cada unidade atende uma parcela da população cadastrada, as demais pessoas não cadastradas não são atendidas, ficam de fora, e é a grande maioria. Ainda, atendem apenas parte das doenças da população, aquelas que dão lucro. Por conta desses dois fatores, nem todos que chegam ao hospital são atendidos.

Além disso, por não promoverem concursos públicos, a população acaba sendo atendida  por alunos e estagiários das escolas de saúde que são substituídos permanentemente, não criando vinculo com a população usuária, nem com a unidade de saúde.