Esquema Valerioduto no Governo FHC: R$ 32 milhões dos cofres públicos - Sindicato dos Químicos de São Paulo
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Postado em: 18/11/2005 - 08h37 | Redação

Esquema Valerioduto no Governo FHC: R$ 32 milhões dos cofres públicos

O esquema de caixa dois do ex-presidente nacional do PSDB, senador Eduardo Azeredo, foi alimentado também com dinheiro dos cofres da União, além do governo de Minas. Cerca de R$ 32 milhões foram desviados da Fundacentro, uma autarquia do Ministério do Trabalho, em 1998, durante a gestão de FHC. Parte dos recursos – R$ 25 milhões – foram parar nas contas da SMP&B de Marcos Valério através de serviços superfaturados ou pagos e não executados.

A Fundacentro era presidida na época por Humberto Parro, que ficou no cargo até o fim do governo FHC, e o diretor administrativo e financeiro era Marco Antônio Seabra de Abreu Rocha, funcionário licenciado do governo de Minas Gerais, cujo governador nesse período era Eduardo Azeredo e que tentava a reeleição. Parro acusa Seabra pelo desvio do dinheiro, tendo demitido o diretor financeiro em 1999, quando estourou o escândalo.

Segundo o Ministério Público, o 15º Congresso Mundial de Medicina e Segurança do Trabalho, promovido em conjunto pela OIT (Organização Internacional do Trabalho) e a AISS (Associação Internacional de Seguridade Social), foi utilizado como base para desviar recursos do Estado para a empresa de Marcos Valério e, conseqüentemente, para a campanha de Azeredo. Entre as irregularidades citadas, destaca-se o fato de um evento para três mil pessoas ter absorvido três milhões de encartes. Para os mesmos três mil participantes foram “impressos” 10 mil fichas de inscrição, a um custo de R$ 419 mil. Segundo a reportagem, a Fundacentro requisitou às agências de publicidade a produção de panfletos e fascículos, mas não disse a quantidade que queria. Em resposta, recebeu uma só nota fiscal emitida em 15 de dezembro de 1998, autorizando o pagamento de 1,93 milhão de peças, ao preço total de R$ 1,29 milhão.

O esquema montado na Fundacentro é bastante semelhante ao da Cemig, onde os serviços superfaturados ou inexistentes serviam de fachada para desviar dinheiro público para a SMP&B. Para se ter uma idéia, um fotolito que deveria custar R$ 520 saiu por R$ 50.797,00. Produção de folders cotada pelo mercado em R$ 3,7 mil custou R$ 22 mil. No total, o evento de 3 mil pessoas consumiu 1,3 milhão de folhetos diversos, 181,3 mil encartes em espanhol, 223,3 mil encartes em português, 199 mil encartes em inglês, 3 milhões de encartes não especificados, 610 mil fascículos e 600 mil programas técnicos.

O caso Fundacentro vai dar subsídios aos parlamentares da CPMI dos Correios para investigarem outros casos de desvio de dinheiro público no governo Fernando Henrique para as agências de Marcos Valério.