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Postado em: 24/03/2006 - 08h29 | Redação

Bajulação da imprensa em cima dos tucanos esconde o estrago em São Paulo

Educação

Recentemente a prefeitura lançou um programa para manter o aluno em tempo integral nas escolas municipais. Mais uma vez a imprensa paulistana bajulou, analistas de plantão aplaudiram, mas não comentam é que o programa não funciona, foi para inglês ver.

O programa que prevê aulas extras a fim de manter os alunos na escola esbarra num sério e grave problema: as escolas não dispõem de infraestrutura necessária para garantir a permanência dos alunos sequer paras as duas horas a mais previstas no início do programa. Na maioria das escolas não há salas disponíveis para garantir o funcionamento dos turnos e as chamadas aulas extras.

A desorganização e falta de respeito da Secretaria Municipal de Educação para com a população faz com que crianças e adolescentes façam peregrinações diárias entre a casa e a escola.

Saúde

O caos volta ao sistema de saúde na administração municipal. As UBS (Unidades Básicas de Saúde), segundo o Conselho Nacional de Saúde, deveriam atender no máximo 20 mil pessoas. Na capital, além da superlotação das UBSs que causam esperas intermináveis para as consultas médicas, faltam profissionais e medicamentos. Todos estes problemas causam transtornos e revoltam na população.

Um exemplo claro dessa situação é a UBS no bairro de Perus, região oeste da capital. Com pouco mais de 70 mil habitantes a região dispõe de uma única UBS e um Posto de Atendimento do PSF (Programa de Saúde da Família). Segundo o Conselho gestor da unidade mais de 10.000 mulheres grávidas estão cadastradas para o atendimento, ou seja, metade da capacidade de atendimento da unidade.

Em conseqüência dessa situação as longas filas que se formam na porta da unidade levam ao desespero a população que fica sem atendimento digno. Ou seja, os tucanos de plantão não têm o menor respeito com a população, mas ainda assim os meios de comunicação nada informam, mentem, tentam enganar milhões de brasileiros, de olho no calendário eleitoral.

Sem contar que vem ai o modelo de privatização tucana. Aprovado pela Câmara Municipal, as OS (Organizações Sociais), que poderiam muito bem ser chamadas de OTs (Organizações Tucanas), serão em grande parte entidades mantidas pelos amigos do prefeito.

Transporte

O sistema público de transporte na capital dá sinais claros de que passará a ter sérios e graves problemas. Desde que assumiu a administração municipal o prefeito José Serra não deu prosseguimento à construção dos corredores de ônibus e ainda fez modificações nos existentes que em vez de melhorar o sistema, piorou.

A principal promessa de campanha, a integração do ônibus/Metrô através do Bilhete Único se arrastou por mais de um ano e quando começou a funcionar está muito mais caro que o necessário (R$ 3,00), além do que o trabalhador não pode usar o bilhete único como foi no início da implantação pela administração Marta Suplicy.

Outra barbárie tucana. O anúncio da prefeitura de diminuição das linhas de ônibus na cidade, a começar pela Zona Sul, causa preocupação entre os paulistanos que utilizam o transporte coletivo todos os dias. A prefeitura diminui o número de linhas e não apresenta uma proposta concreta e viável para os usuários das linhas que serão extintas.

Corrupção

O tucanato paulista e seus aliados têm medo de CPI. Geraldo Alckmin fala tanto em austeridade e moralidade, mas não tem coragem de liberar sua tropa de choque na Assembléia Legislativa para que seja instalada pelo menos uma das cerca de 70 solicitações de CPIs (Comissões Parlamentares de Inquéritos)  para apurar atos suspeitos de seu governo.

Isso mesmo. Desde março de 2002, já estão acumulados na Assembléia Legislativa paulista cerca de 70 requerimentos de CPIs. Num misto de candura e cinismo o governador fala que este é um problema do Legislativo. Acontece que é justamente sua base de apoio parlamentar (PSDB, PFL, Prona, PP…) que não permite a instalação de nenhuma delas.

Dentre elas: CPI da TV Cultura: propõe investigação sobre a gestão administrativa e programação da TV educativa paulista que, nos últimos anos se tornou instrumento de propaganda tucana.

CPI do Rodoanel: além das suspeitas de superfaturamento da obra, em menos de dois anos de conclusão do trecho oeste, boa parte dos 30 quilômetros de estrada sofreu reparos em sua construção. Muito estranho.

CPI do Chalita: trata-se de Gabriel Chalita, dublê de Secretário da Educação e escritor. Há suspeitas de seu envolvimento para favorecimento pessoal e do próprio governador sobre a estranha doação de área pública, em Cachoeira Paulista, para a instituição Canção Nova. Além dessas suspeitas relações, a família Chalita tem transações comerciais cerca de 100 imóveis, entre compra e venda com esta instituição.

Ainda, CPI: da Febem, das privatizações da Eletropaulo e da telefônica, da Caixa Econômica Estadual… A lista é grande.