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Postado em: 24/05/2006 - 16h43 | Redação

Entrevista: fala, Edílson de Paula

Quais os novos desafios que a entidade tem pela frente?
Edílson de Paula:
No mandato passado, conseguimos vencer todos os obstáculos, quebrando paradigmas e fortalecendo o projeto da CUT “Cidadã”, de luta e de massa. Nosso desafio é continuar nesta linha, contribuindo para combater as políticas neoliberais, comandadas pelo bloco PSDB e PFL, que fizeram com que o maior Estado da federação perdesse o posto de principal economia do país. Outra meta é eleger candidatos que tenham um projeto político que atenda aos interesses e necessidades da classe trabalhadora.

Muitos acusam a CUT de ser governista. Qual sua opinião sobre isto?
Edílson de Paula:
A CUT sempre manteve sua autonomia e independência frente a qualquer governo, aos partidos políticos e empresários. No entanto, não esquecemos o tratamento dado pelo governo passado, que não recebia as Centrais Sindicais, não negociava e ainda recriminava os movimentos sociais. Já o governo Lula adotou uma política de negociar com todos os  movimentos; de valorizar o poder de compra do salário mínimo e de investir em políticas sociais. Mas é lógico que isso não é suficiente, o governo precisa ser ousado e baixar a taxa de juros, o “absurdo” superávit primário e adotar metas de geração de emprego e renda. Vamos continuar pressionando para que tais mudanças sejam feitas.

A CUT Estadual teve dois jornais e a página na internet censurados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Esse fato caracteriza perseguição? Por quê?
Edílson de Paula:
Acredito que a CUT/SP está “incomodando” os tucanos. Acatamos a decisão do TSE, mas recorremos reforçando que não fizemos campanha eleitoral,  simplesmente divulgamos à sociedade a nossa avaliação sobre o desmonte social e econômico dos 12 anos da política do PSDB no Estado de São Paulo – baseada em informações da grande imprensa.  Os diversos problemas enfrentados em São Paulo não serão resolvidos com medidas que cerceiem a liberdade de expressão, mas com diálogo e negociação. Sempre nos colocamos à disposição do governo estadual, que se recusa em nos ouvir.

Qual a importância para o movimento sindical da Medida Provisória do governo federal que reconhece e oficializa as centrais sindicais?
Edílson de Paula:
O reconhecimento das Centrais Sindicais, além de ser uma reivindicação histórica da CUT, representa um importante avanço porque teremos legitimidade para negociar em defesa dos direitos dos trabalhadores com todas as esferas de poder. A medida também demonstra a consolidação da democracia no campo do trabalho, contribuindo para equilibrar a correlação de forças entre trabalhadores e empregadores, permitindo que ambos dialoguem em condições de igualdade.

Faça um balanço da CUT estadual. Quantos sindicatos filiados? Quantos trabalhadores são representados pela entidade? E, quantos delegados participaram do 11º CECUT?
Edílson de Paula:
Nós temos 330 sindicatos filiados dos setores público e privado em todo o Estado de São Paulo, que representam 3,5 milhões de trabalhadores. Realizamos o nosso Congresso Estadual com cerca de 900 delegados e delegadas de todos os ramos. Nossa meta nesta gestão é trabalhar para que a CUT continue crescendo.