Companhia Vale do Rio Doce: Movimento em defesa do patrimônio público
Está na justiça o processo de revisão do leilão que privatizou a maior empresa nacional, a Companhia Vale do Rio Doce, no governo FHC.
Exigência do FMI, a gestão tucana levou adiante a idéia do “Estado mínimo”, com a privatização de empresas e serviços públicos. Na esteira dessa lógica foram privatizadas empresas importantes comprometendo a soberania da nação brasileira.
O processo de revisão em curso permite o questionamento da arbitragem de todas as privatizações condenadas pela CUT e pelos movimentos sociais como “crime de lesa-Pátria”.
O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Social) cumpria o sujo papel de financiar a compra de empresas estatais. O patrimônio público era entregue de mão beijada para o capital privado, com a participação de multinacionais.
A Vale do Rio Doce é uma empresa estratégica e lucrativa, tem reservas minerais para mais de 300 anos, com produtos nobres, raros. Foi vendida por R$ 3,3 bilhões, quando o valor de fato está avaliado em mais de um trilhão. Seu lucro, em 2005, superou os R$ 10 bilhões. Dinheiro que seria importante para o desenvolvimento do país, que gera emprego e renda, moradia, estradas, saúde e educação…
Para garantir a anulação do leilão de privatização a Coordenação dos Movimentos Sociais – integrado pela CUT, UNE, MST e dezenas de entidades – convoca mobilização nacional para o debate sobre o significado da empresa para o desenvolvimento e soberania nacional. Além disso, este movimento é um estímulo para que a CPI das Privatizações ande no Congresso Nacional e possibilite uma reflexão sobre esses e outros crimes do tucanato.