Setor farmacêutico cresce e fatura em 2007
Dados da própria indústria farmacêutica e também do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) a indústria farmacêutica bateu recorde de vendas no ano passado. O faturamento superou a cifra dos R$ 23,5 bilhões, uma expansão de praticamente 10% em relação a 2006. Os números revelam como o setor industrial brasileiro tem crescido nos últimos anos, especialmente os laboratórios.
No Brasil, as multinacionais controlam 65% da oferta de medicamentos. Venderam, em 2007, 1,515 bilhão de unidades, o que representa um crescimento de 5,4%.
Para este ano (2008) está previsto a venda de 1,583 bilhão de unidades, o que significa a expansão de 4,5%, cujo faturamento deverá ser da ordem de R$ 25,50 bilhões, alcançando índices de 8,6% em relação a 2007, números considerados conservadores ante o crescimento da economia do país.
A indústria farmacêutica no mundo
Pesquisa da universidade de Quebec, Canadá, de 1991 a 2.000, revela: nove oligopólios farmacêuticos, que detém 80% do mercado mundial, cresceram 45,3%, contra 16,7% dos bancos, 15,6% da indústria química, 15,6% dos fabricantes de automóveis e 10,9% da telecomunicações.
Salários
De acordo com a Febrafarma (Federação Brasileira da Indústria Farmacêutica) a despesa com salários sobre o custo da produção farmacêutica é de, apenas, 13%. O setor é um dos que menos geram empregos.
Diante dos números acima fica mais que claro que há espaço para aumento real de salários, aumento da PLR, diminuição da jornada de trabalho sem redução de salário. Portanto, os trabalhadores/as do setor farmacêutico podem exigir dos patrões a parte que lhes cabe nesse lucro.