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Postado em: 01/03/2021 - 12h00 | CUT (Walber Pinto)

Pandemia chega no pior momento e cientista alerta: “Brasil corre risco de colapsar”

A pandemia do novo coronavírus se agravou no Brasil nos últimos dias e tem dado sinais de alerta para todo o país. Em pelo menos 17 capitais, a pressão pelos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) está acima de 80%, e um colapso na rede hospitalar, na maior dimensão da crise sanitária, não está descartado por especialistas e cientistas da área da saúde que acompanham com temor a situação que o país enfrenta.

“É a maior tragédia do Brasil. A ausência de comando do governo federal é danosa. Isso é uma guerra”, afirmou o cientista Miguel Nicolelis, em entrevista ao jornal O Globo. Segundo ele, o Brasil corre o risco de colapsar em razão do agravamento da pandemia.

“Eu estou vendo a grande chance de um colapso nacional. Não é que todo canto vá colapsar, mas boa parte das capitais pode colapsar ao mesmo tempo, nunca estivemos perto disso”, reafirma.

Sem plano estratégico do governo de Jair Bolsonaro  para o combate à Covid-19, sem vacinas e com o ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, encurralado pela Polícia Federal para prestar esclarecimentos sobre a omissão da falta de oxigênio em Manaus, governadores e prefeitos de grandes cidades estão adotando medidas severas, temendo um cenário de tragédia.

Na última semana, o Brasil chegou à marca de 250 mil mortes desde o começo da pandemia. Dessas, 50 mil mortes foram registradas apenas nos primeiros 48 dias de 2021. Neste ritmo, de acordo com especialistas, o país pode atingir a 300 mil vidas perdidas no mês de março.

Na última quinta (25), um dia após o país chegar a 250 mil mortes, o Brasil registrou recorde de mortes.  Foram 1.582  mortes em apenas 24 horas. A curva não para de subir, há 36 dias seguidos a média móvel de óbitos está acima de mil.

Diante da explosão de casos e mortes, e da circulação da nova variante do coronavírus, identificada em Manaus, 17 capitais estão com lotação acima de 80% nos leitos de unidade de terapia intensiva.

São elas: Porto Velho, com lotação de 100%, Rio Branco, com 88,7%, Manaus com 94,6%, Boa Vista, com 82,2%, Palmas, com 80,2%, São Luís, com 88,1%, Teresina, com 93%, Fortaleza, com 94,4%, Natal, com 89,0%, Recife, com 80,0%, Salvador, com 82,5%, Rio de Janeiro, com 85,0%, Curitiba, com 90,0%, Florianópolis, com 96,2%, Porto Alegre, com 84,0%, Campo Grande, com 85,5%, e Goiânia, com 94,4%.