Feliz Natal e um excelente 2025!

O Sindicato deseja a todos os trabalhadores e trabalhadoras da categoria química e farmacêutica um Natal repleto de paz, amor e união.

Que 2025 traga muitas conquistas, saúde e prosperidade para todas as famílias da nossa categoria. Seguiremos juntos na luta por melhores condições de trabalho e um futuro mais justo para todos!

Brasil bate recorde: 54,7 milhões de vínculos formais em 2023

O Brasil encerrou 2023 com 54,7 milhões de vínculos formais ativos, um aumento de 1,9 milhão (+3,6%) em relação ao ano anterior, segundo dados da RAIS divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). O levantamento inclui vínculos no setor público e privado.

No setor público, houve crescimento de 3,8% (343 mil postos), impulsionado principalmente pelos contratos sob Lei Municipal (+260,7%) e Lei Estadual (+358,2%). Por outro lado, vínculos estatutários tradicionais recuaram 15,4%, enquanto empregos temporários e por tempo determinado também apresentaram queda de 1,2%.

A subsecretária de Estatística e Estudos do Trabalho, Paula Montagner, destacou que esses resultados refletem a dinâmica do mercado de trabalho observada no Caged e a ampliação da cobertura formal pelo eSocial.

Reforma Tributária: veja o que muda nos impostos sobre consumo

O Senado aprovou a reforma tributária que simplifica a cobrança de impostos sobre consumo, reduz tributos para itens essenciais e aumenta a taxação de supérfluos. O texto segue para nova votação na Câmara após alterações no Senado. A reforma unifica ICMS, ISS, IPI, PIS e Cofins, criando dois novos tributos: CBS (federal) e IBS (estadual/municipal). A transição ocorrerá entre 2026 e 2033.

Itens da cesta básica, como carne, terão isenção total, enquanto produtos como óleo de soja terão redução de 60%. Medicamentos essenciais para doenças graves também terão isenção ou redução tributária. Apesar de avanços, armas e munições ficaram de fora do “imposto seletivo”, que incidirá sobre bens prejudiciais à saúde e ao meio ambiente, como cigarros e bebidas alcoólicas.

Dentre as novidades, haverá cashback para famílias de baixa renda, redução de tributos sobre aluguel e apoio à Zona Franca de Manaus. A alíquota final dos novos impostos será definida futuramente, mas o sistema busca manter a arrecadação atual. A implementação será testada a partir de 2026 e concluída até 2033.

Banco Central eleva Selic para 12,25% no último mês de Campos Neto

O Banco Central (BC) anunciou, na última reunião do Copom sob o comando de Roberto Campos Neto, a elevação da Selic em 1 ponto percentual, atingindo 12,25% ao ano. A decisão mantém o Brasil entre os países com os juros reais mais altos do mundo, cerca de 7%, e gerará um aumento de R$ 55 bilhões nos gastos da União com juros da dívida pública, além de impactar negativamente a economia e o custo de vida da população.

O BC justificou a medida citando a piora nas expectativas de inflação e a valorização do dólar, mas analistas e representantes sindicais contestam. Juvandia Moreira, da Contraf-CUT, classificou a decisão como “boicote ao crescimento econômico”, beneficiando bancos e investidores em detrimento das famílias, empresas e do Estado. Dados do Dieese reforçam o peso da Selic alta nos gastos públicos: só em 2023, foram R$ 732 bilhões pagos em juros, 4,3 vezes mais do que o investimento no Bolsa Família.

Nosso Sindicato, juntamente com a CUT, sempre estiveram na luta pela redução dos juros, que não é boa para o trabalhador. Essa política de juro alto só atende aos interesses do mercado financeiro.

Economistas também questionam a eficácia da Selic para controlar a inflação, sugerindo o uso de outros instrumentos, como swaps cambiais, para conter a valorização do dólar. Joseph Stiglitz, Nobel de Economia, criticou a política de juros elevados no Brasil, chamando-a de “pena de morte” para o crescimento econômico e defendendo taxas mais baixas como estímulo ao desenvolvimento.

Essa foi a última atuação de Campos Neto, que deixará o cargo no final de dezembro sob a sombra de investigações por conflito de interesses devido a empresas em paraísos fiscais. Gabriel Galípolo, atual diretor de Política Monetária, assumirá a presidência do BC em janeiro.